quarta-feira, 6 de agosto de 2014

5 Teorias que podem ser aplicadas em Segurança do Trabalho

Muito importante conhecer algumas teorias para entender o dia-a-dia em sua empresa. Veja que algumas se aplicam, bastando você perceber a relação que pode ser feita entre a teoria e sua empresa.

As pessoas darão mais credibilidade em sua fala ou recomendações, quando você citar teorias, pois sabe-se que toda teoria teve um grande estudo antes de se tornar um consenso.

Definição de Teoria: 
Conhecimento especulativo, ideal, independente das aplicações. Conjunto de regras, de leis sistematicamente organizadas, que servem de base a uma ciência e dão explicação a um grande número de fatos.
Conjunto sistematizado de opiniões, de idéias sobre determinado assunto.

Teorias Famosas:
Astronomia: Big Bang
Biologia: teoria da evolução;
Educação: construtivismo; Pedagogia crítica
Filosofia: teoria da verdade; hermenêutica
Física: teoria da relatividade; teoria quântica


1a. Teoria - Curva da Banheira


Particularmente gosto muito dessa teoria, pois ela demonstra que a possibilidade de um acidente acontecer é maior quando houver a instalação de um novo equipamento ou um novo procedimento ou no final de sua vida útil. Isso pode ser aplicado inclusive para as pessoas, verifique as estatísticas de acidentes de sua empresa, você verá que a maior parte dos acidentes acontecem com os novatos ou com as pessoas que tem muito tempo de casa. Por isso, fique atento!

A Curva da Banheira é a curva que descreve a probabilidade de falha de um componente, equipamento ou sistema ao longo da sua vida útil. Ou seja, representa as fases de vida útil.

No período de “mortalidade infantil” ocorrem as falhas prematuras onde a taxa de falhas é decrescente. Nesse período destaca-se principalmente por:

• Processo de fabricação deficiente
• Controle de qualidade deficiente
• Mão-de-obra desqualificada

No período da vida útil é caracterizado por um período de taxa de falhas constantes. Alguns exemplos de falhas que pode ser citadas são:

• Fator de segurança insuficiente
• Cargas aleatórias maiores que as esperadas
• Defeitos abaixo do limite de sensibilidade dos Ensaios

No período de desgaste é onde se inicia o término da vida útil de um componente. Período no qual as taxas de falhas crescem continuamente. As causas desse período devem-se principalmente por:

• Envelhecimento
• Desgaste
• Degradação da resistência

2a. Teoria - Lei de Murphy

"Se alguma coisa pode dar errado, ela dará"
Esta expressão é oriunda do resultado de um teste de tolerância à gravidade por seres humanos, feito pelo engenheiro aeroespacial norte-americano Edward A. Murphy. Ele deveria apresentar os resultados do teste; contudo, os sensores que deveriam registrá-lo falharam exatamente na hora, porque o técnico havia instalado os sensores da forma errada.1 Frustrado, Murphy disse "Se este cara tem algum modo de cometer um erro, ele o fará". Daí, foi desenvolvida a assertiva: "Se existe mais de uma maneira de uma tarefa ser executada e alguma dessas maneiras resultar num desastre, certamente será a maneira escolhida por alguém para executá-la". Mais tarde, o teste obteve sucesso.
Durante uma conferência de imprensa, John Stapp, americano nascido no Brasil ,que havia servido como cobaia para o teste, atribuiu ao fato de que ninguém saiu ferido dos testes por levarem em conta a Lei de Murphy e explicou as variáveis que integravam a assertiva, ante ao risco de erro e consequente catástrofe, e enunciou a lei como "Se alguma coisa pode dar errado, ela dará"

3a. Teoria - Pirâmide de Frank E. Bird Jr.

Em meados de 1969, Frank E. Bird Jr. era Diretor de Serviços de Engenharia para uma Companhia de Seguros dos Estados Unidos e tinha acesso a muitos dados estatísticos sobre acidentes e quase acidentes. Ele realizou um estudo estatístico com o objetivo de determinar qual era a relação entre tipos de incidentes.

As relações 1-10-30-600 indicam que existe uma relação entre os incidentes que ocorrem em uma organização.

Qual é a utilidade da pirâmide de Frank Bird?
À partir desta teoria podemos iniciar um planejamento para atuar nos incidentes ocorridos de tal forma que eles não ocorram mais. A ferramenta mais conhecida para isto é a “Investigação de acidentes e quase acidentes”. Podemos tanto começar a investigar os eventos do topo da pirâmide como pela sua base. Normalmente as organizações dão importância na atuação no topo da pirâmide, focando os acidentes com dados pessoais graves. Isto é facilmente explicado pela característica que temos de ser reativos, ou seja, atuamos quando temos um acidente com perdas consideráveis, principalmente humanas.
Outro caminho que podemos seguir é de atuarmos na base da pirâmide, ou seja, atuação nos “quase acidentes”. Este com certeza é o caminho mais inteligente e eficiente para reduzirmos a quantidades de perdas em uma organização. Ao contrário de uma ação reativa (quando atuamos no topo da pirâmide), a atuação na base da pirâmide é de caráter preventivo e nos traz grandes benefícios.

4a. Teoria - Hierarquia de necessidades de Maslow

A hierarquia de necessidades de Maslow, também conhecida como pirâmide de Maslow, é uma divisão hierárquica proposta por Abraham Maslow, em que as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Cada um tem de "escalar" uma hierarquia de necessidades para atingir a sua auto-realização.
A base dessa teoria é explicar a motivação das pessoas. Veja, por exemplo, se a política de remuneração da empresa motiva ações de "segurança" ou somente de "estima" (ganho financeiro)?

5a. Teoria do Caos

A ideia central da teoria do caos é que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer conseqüências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro. Imagine, por exemplo, em um processo onde o Operador adicionar equivocadamente um material errado, quais são as consequências? Em alguns momentos esta teoria pode ser substituída pela Lei de Murphy.

Você conhece outra teoria que pode se adicionada a essa postagem? Comente...

2 comentários: